sábado, 4 de agosto de 2012

Defensora Francis participa de entrevista no Jornal "O Tempo" de 22.07.12

Desempenho
De professor a "super-herói"
Forma de abordagem em sala de aula ajuda a afastar a violência do público infantojuvenil
Publicado no Jornal OTEMPO em 22/07/2012
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LUCIENE CÂMARA
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FOTO: FOTOS SAMUEL AGUIAR
Convívio. Sala de aula também é espaço para o "acolhimento da dor do outro", conforme a professora Maria Laura Rosa
"Como que se resolve um problema?", perguntou a professora Maria Laura de Abreu Rosa, 50, para uma sala de 25 alunos do 1º ano do ensino fundamental. A resposta saiu rápida e em coro: "Olhando nos olhos e pedindo perdão". Foi assim que a turma solucionou um pequeno conflito entre duas estudantes, que tinham se desentendido ao disputarem uma boneca. É a partir de ensinamentos assim e da observação constante que educadores têm ajudado cada vez mais crianças e adolescentes a lidarem com as dificuldades e os perigos que rondam a juventude.

O número de desaparecimentos, por exemplo, mostra como esse público é vulnerável à violência. De 2006 a julho deste ano, 4.880 pessoas de zero a 17 anos desapareceram de seus familiares em Minas Gerais, uma média de dois casos por dia, de acordo com a Polícia Civil. O preconceito racial também fez 129 vítimas só neste ano. Isso sem falar da violência doméstica e da pedofilia - os dados não foram divulgados pela Secretaria de Estado de Defesa Social - além do bullying e da homofobia, que ainda não são registrados com tais nomeações pela corporação.

"É importante integrar educação e segurança pública para o bem da criança e do adolescente. Antes da evasão do lar e do envolvimento no crime, ocorre a evasão da escola", afirmou a delegada Cristina Coelli, chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD).

Para a educadora Maria Laura de Abreu Rosa, que dá aulas na Escola Municipal Professor Daniel Alvarenga, no bairro Jaqueline, na região Norte, é a partir do diálogo em grupo que a aprendizagem se faz e os problemas desaparecem. Entre uma lição e outra de alfabetização, matemática e artes, Maria Laura sempre reserva espaço para o que ela chama de "acolhimento da dor do outro". "É quando as crianças contam a vida delas", explicou.

Foi assim que a turma, composta de alunos com 6 e 7 anos, ficou sabendo da discussão entre as amigas Gabriela e Vitória. As duas estavam tristes e angustiadas e, após a reconciliação, logo abriram largos sorrisos. "A amizade não acaba com um problema", disse a docente à classe.
Drama. Mas nem todos os conflitos são motivados por pequenos desentendimentos. Na mesma escola, a equipe se deparou com o caso de Julia (nome fictício), 11, que vivia com o corpo cheio de hematomas. A diretora do colégio, Andréa Caroline Correia, conversou com a menina e descobriu que ela era espancada pelo pai.

Abandonada pela mãe quando bebê, a garota passava a manhã na escola e durante às tardes ficava sozinha em casa. Nesse período, fazia suas estripulias de criança e apanhava à noite. "Denunciar o agressor não iria adiantar, pois ele já tinha sido denunciado por vizinhos", disse a diretora. A solução, então, foi preencher o dia de Julia. "Conseguimos uma vaga de monitora na escola. Agora, ela passa as tardes ajudando na biblioteca. Nunca mais apareceu com hematomas", conta Andréa.

Intervenção. A diretora Andréa Caroline Correia já identificou graves conflitos envolvendo pais e alunos de sua escola
Na prática
Projeto ensina como ser um mediador

20 anos acompanhando casos de crianças e adolescentes que sofrem violência ou cometem algum tipo de infração, a defensora pública Francis de Oliveira Rabelo Coutinho vê na figura do professor a saída para a solução de conflitos na juventude. "Se o professor for um bom ouvinte e observador, teremos grandes progressos na educação e também na prevenção de crimes na juventude", afirmou Francis.


Ela é autora do projeto Mediação Escolar (Mesc) – Paz em Ação, desenvolvido atualmente em três escolas estaduais da capital. Francis orienta os educadores na difícil tarefa de mediar conflitos. "Quanto mais o professor procura entender o drama, o meio e os costumes das crianças e dos adolescentes, mais ele alcança uma convivência pacífica".


Segundo a diretora da Superintendência do Desenvolvimento da Educação Infantil e Fundamental do Estado, Maria das Graças Pedrosa, a tarefa do professor em educar e cuidar do

Debate na Rádio Itatiaia reúne Defensoria Pública e Secretaria de Educação


         No sábado p.p., 28.07.12, gravação que foi ao ar às 13:00 h., a Rádio Itatiaia, através de seu conhecido radialista Eduardo Costa, promoveu debate com personalidades atuantes em prol da educação no Estado. Estiveram presente a Secretária-Adjunta de Educação Sueli Pires, as Defensoras Públicas Roberta de Mesquita Ribeiro e Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, Educadora e articuladora em rede e Diretora de Escola do Estado. A conversa teve como centro a cultura de paz nas escolas, a articulação em rede através do FORPAZ e a mediação de conflitos, tema de entrevista anteriormente.

          O FORPAZ é iniciativa da DPMG, com apoio da SEE/MG e ALEMG, tendo em sua presidência a Defensora Roberta. A mediação de ocnflitos nas escolas públicas do Estado foi abordada com foco no Projeto MESC da Defensora Pública Francis, tema já abordado em entrevista na rádio dias antes.

           Todas as presentes anuíram que a articulação em rede e a busca de parceiros locais das escolas, somada à mediação escolar são caminhos que levam à cultura de paz disseminada entre os atores professores, alunos e funcionários.

Defensora Pública Francis novamente convidada para ministrar palestras nas regionais da SEE/MG


      A autora e coordenadora do Projeto MESC, "Paz em Ação", Defensora Pública Francis, foi novamente convidada para participar como palestrante no Encontro Regional do FORPAZ em Divinópolis, nos dias 23 e 24 de agosto. O tema das palestras que ocorrerão no dia 23/08/12 versa sobre a Mediação de Conflitos na Escola, objeto do mencionado Projeto.

       A Defensora apresentou para a equipe organizadora um questionário prévio que deve ser repassado aos participantes para pesquisa sobre o conhecimento acerca de mediação e diagnóstico sobre os conflitos nas escolas.

        As escolas receberão orientação e roteiro para desenvolvimento da mediação no ambiente escolar como instrumento de pacificação e prevenção de conflitos.


          

SEE/MG leva mediação de conflitos para Regional de Divinópolis

FONTE:  www.educacao.mg.gov.br

Divinópolis se prepara para receber Fórum Regional de Promoção da Paz Escolar

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Fórum regional na SRE de Divinópolis acontece nos dias 23 e 24 de agosto

A Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis já se prepara para sediar um grande encontro que vai debater a promoção da paz nas escolas mineiras. Nesta sexta-feira (27-07), foi realizada reunião preparatória para o 2º Fórum Regional de Promoção da Paz Escolar e de Articulação em Rede, que acontecerá nos dias 23 e 24 de agosto, em Divinópolis.  A diretora da SRE de Divinópolis, Vera Lúcia Soares, reuniu representantes de instituições diferentes para apresentar o Fórum e angariar apoio para a iniciativa.

“A mediação de conflitos nas escolas é um tema emergente e, para sua eficácia, precisamos unir forças em prol de um mesmo objetivo. Todos aderiram imediatamente à proposta”, afirma Vera Lúcia. Participaram da reunião preparatória representantes do Ministério Público; secretarias municipais de saúde, desenvolvimento social, educação; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, polícias Civil e Militar, entre outras instituições.

No próximo dia 09 de agosto acontecerá nova reunião preparatória na sede da SRE de Divinópolis para acertar questões sobre o Fórum. Nos dias 23 e 24 de agosto, segundo a diretora da SRE, a expectativa é de que mais de 400 pessoas participem do evento, incluindo representantes de outras quatro SREs: Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete, Sete Lagoas e Pará de Minas. Estão programadas para o evento mesas redondas, palestras e troca de experiências exitosas em escolas.

ForPaz

O objetivo do Forpaz é fomentar a articulação em rede para a prevenção e resolução de problemas relacionados à violência no ambiente escolar. Nos Fóruns Regionais, educadores e diretores serão estimulados a identificar possíveis parceiros na comunidade local, além de serem capacitados a levar a mediação de conflitos para dentro das escolas da rede pública.

Os fóruns regionais são iniciativas do Forpaz (Fórum de Promoção da Paz Escolar), que tem como parceiros a Secretaria de Estado de Educação (SEE), Defensoria Pública e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), entre outros. E 2012, está prevista realização de seis fóruns regionais, abrangendo aproximadamente 2.500 profissionais da Educação em quase 30 das 47 superintendências regionais de ensino. O primeiro fórum regional foi realizado em junho, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.