Parcerias entre escolas com órgão públicos e sociedade pode ser caminho para promoção da paz e mediação de conflitos
Qui, 20 de Setembro de 2012 21:00
Gestores escolares que participaram
do Forpaz levarão informações prévias aos professores que participarão
de qualificação em novembro
Sessenta gestores de escolas estaduais e
municipais pertencentes as cidades de Belo Horizonte, Santa Luzia,
Ribeirão das Neves, entre outras que compõe a Superintendência Regional
de Ensino (SRE) Metropolitana C, participaram durante toda a manhã e
tarde desta quinta-feira, 20, do ‘I Encontro de Promoção da Paz e de
Articulação em Rede – Forpaz’ .
O encontro que teve lugar na Magistra –
Escola de Formação e Desenvolvimento de Educadores de Minas Gerais, em
Belo Horizonte, é uma prévia do evento que acontecerá em novembro, e que
irá qualificar professores das Metropolitanas para a promoção da paz e a
mediação de conflitos nas escolas.
Neste 20-09, além de três
palestras, e debates, os diretores participaram de uma dinâmica de grupo
que propôs a trocade experiências e a construção de soluções sobre como
buscar parcerias e quais órgãos, instituições e associações podem ser
acionadas pelos educadores neste trabalho de mediação e prevenção de
violência dentro do ambiente escolar.
Além da secretária adjunta de estado de
Educação, Maria Sueli de Oliveira Pires, que fez o pronunciamento de
boas vindas, estiveram presentes também no encontro, o professor
associado da Universidade Federal de Minas Gerais, Walter Ernesto Ude
Marques, que falou sobre a importância do trabalho em rede, membros da
Guarda Municipal e da Defensoria Pública, como Roberta de Mesquita
Ribeiro, que é também coordenadora do Forpaz, Francis de Oliveira
Barreto Coutinho – mediadora de conflitos – e o especialista em Infância
e Juventude, Wellerson Eduardo da Silva Corrêa, que palestrou sobre “a
escola, como agir diante da prática de Ato Infracional e Ato
Disciplinar”.
Segundo a secretária adjunta de Educação “o encontro é um preparatório fundamental para que os diretores comecem a se reconhecer e para que eles troquem experiências. Esses diretores chegarão ao encontro de novembro com os professores das metropolitanas A, B e C, com uma concepção de rede mais estruturada. E a RMBH é bastante complexa. Há realidades distintas e é muito importante, criar uma dinâmica, uma cultura de intercambio e cooperação. Por isso, o que buscamos no Forpaz é a disseminação de uma nova cultura”, destacou Sueli Pires.
Segundo a secretária adjunta de Educação “o encontro é um preparatório fundamental para que os diretores comecem a se reconhecer e para que eles troquem experiências. Esses diretores chegarão ao encontro de novembro com os professores das metropolitanas A, B e C, com uma concepção de rede mais estruturada. E a RMBH é bastante complexa. Há realidades distintas e é muito importante, criar uma dinâmica, uma cultura de intercambio e cooperação. Por isso, o que buscamos no Forpaz é a disseminação de uma nova cultura”, destacou Sueli Pires.
Gestores sugeriram e colheram sugestões de parcerias, como os programas do Juizado da Infância,
Para o defensor público Wellerson
Eduardo da Silva Corrêa, o cenário para que uma parceria ampla entre
escolas, sociedade e órgãos governamentais aconteça é cada vez mais
propenso. “As escolas estão mais abertas ao diálogo e tabus ligados ao
nosso trabalho, por muito tempo foi visto como intromissão, imposição e
repressão estão sendo superados. Éramos acionados somente quando uma
violação já tinha ocorrido. E isso está mudando, graças a trabalhos de
conscientização e sensibilização como este que o Forpaz vem coroar,
permitindo que medidas preventivas e protetivas de crianças e
adolescentes aconteçam nas escolas”, explicou.
Empoderamento do aluno
Detectar lideranças “boas ou más”, criar noções de pertencimento dentro da escola, promover o convívio com o diferente, buscando o ecletismo, oportunizar grupos de discussão, nos quais os alunos são os protagonistas são medidas interessantes, na visão do defensor público, que empoderam o jovem, e contribuem para sua mudança de postura. “É preciso trazer os alunos para o centro do debate, ouvir o que eles têm a dizer, e usar esta estratégia para dectectar e antecipar soluções de problemas”, ponderou.
O defensor público acredita igualmente que Minas Gerais está na vanguarda neste tema, incrementando cada vez mias ações que assessorem as escolas neste desafio contra a violência, com programas como o Forpaz e o Fórum Técnico Segurança nas Escolas – Por uma Cultura de Paz, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que até 2015 pretende atender 2.800 escolas da rede estadual. “O Forpaz está alimentando aquilo que buscamos, que é incitar a convivência das escolas com outras instâncias, e torná-las protagonistas deste sistema de proteção e garantia de direitos da criança e do adolescente” observou.
Detectar lideranças “boas ou más”, criar noções de pertencimento dentro da escola, promover o convívio com o diferente, buscando o ecletismo, oportunizar grupos de discussão, nos quais os alunos são os protagonistas são medidas interessantes, na visão do defensor público, que empoderam o jovem, e contribuem para sua mudança de postura. “É preciso trazer os alunos para o centro do debate, ouvir o que eles têm a dizer, e usar esta estratégia para dectectar e antecipar soluções de problemas”, ponderou.
O defensor público acredita igualmente que Minas Gerais está na vanguarda neste tema, incrementando cada vez mias ações que assessorem as escolas neste desafio contra a violência, com programas como o Forpaz e o Fórum Técnico Segurança nas Escolas – Por uma Cultura de Paz, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que até 2015 pretende atender 2.800 escolas da rede estadual. “O Forpaz está alimentando aquilo que buscamos, que é incitar a convivência das escolas com outras instâncias, e torná-las protagonistas deste sistema de proteção e garantia de direitos da criança e do adolescente” observou.
Parcerias que precisam ser buscadas
A analista educacional e membro da
comissão executiva do Forpaz, Fernanda Spolaor, lembrou aos diretores
durante dinâmica que grupo “que a escola não está sozinha. Existem
vários órgãos públicos disponíveis para nos ajudar, mas precisamos
internalizar o seguinte: a responsabilidade é de todos sim, mas é tarefa
de acionar ajuda, estes órgãos é da escola, a diligência precisa partir
do diretor”.
Fernanda compartilhou com os
diretores e inspetores de escolas, a ideia que surgiu no I Encontro
Regional do Forpaz, realizado em Juiz de Fora, no mês de agosto, que é a
criação de um site que em breve será colocado no ar, e que lista, por
exemplo, os serviços, atribuições, telefones, horários de atendimento de
56 parceiros entre órgãos públicos, organizações não governamentais,
iniciativas privadas e associações que podem ser úteis para as escolas
da regional de ensino, além de listagem de solução de casos de conflito,
de natureza física e verbal, para troca de experiência.
“A ideia é que cada regional tenha
a sua”, observou Fernanda Spoloar que veiculou o vídeo “Gentileza gera
gentileza todo o dia” tradução livre para ‘’Kindness Boomerang All Day’’
– título original, que emocionou alguns dos diretores presentes.
“Mediamos um caso de conflito entre aluno em Juiz de Fora, usando este
vídeo. Antes de abordamos o problema ou repreendermos os meninos,
mostramos este vídeo, demos um bom exemplo, e eles ficaram estáticos.
Estes exemplo queremos compartilhar”, contou a analista educacional.
As opiniões
A diretora da Escola Estadual
Britaldo Soares Ferreira Diniz, Vânia Azla de Oliveira, saiu deste I
Encontro de Promoção da Paz e de Articulação em Rede – Forpaz, com
parcerias com a Guarda Municipal, Secretaria Estadual e Municipal de
Educação. “Não sabia da disponibilidade de apoio do Conselho Regional de
Serviço Social (CRAS) as escolas”.
Para a inspetora escolar, Liozina
Angélica, que atua em Ribeirão das Neves, “a escola precisa criar sua
identidade, ser pró-ativa e buscar sua própria receita de promoção de
paz. Não há uma fórmula pronta e o Forpaz vem lembrar isso, é preciso
conhecer esta rede que existe para nos ajudar e acioná-las”.
O diretor da Escola Estadual Henrique
Souza Filho, Weberson Eduardo, concorda. Há 10 anos a escola busca
parcerias para promoção da paz e mediação da violência, com programas do
Governo de Minas como o Fica Vivo, do Poupança Jovem de cultura pela
paz e de assistência do Conselho de segurança Pública. “É um trabalho de
longo prazo. E nestes 10 anos já percebemos a melhoria da disciplina na
nossa escola de uma forma geral”.
Para uma assistente social que
participou das discussões “nenhuma boa política pública é feita de forma
isolada. A escola não pode se isolar e ficar parada. Não é só a
educação que resolve tudo. É preciso acionar os órgãos de saúde, de
segurança, de cultura, as universidades, os conselhos, os juizados de
menores”. Outra diretora concordou dizendo que “o problema vai além da
criança, e se estende a família que está nesta área de vulnerabilidade.
Precisamos também estreitar as pontes entre as escolas estaduais e
municipais para mapear e compartilhar casos”.
Por esta razão, Arlete Gonçalves Lages,
da Secretaria de Estado de Educação, que trabalhou no plano piloto que
deu origem ao Forpaz, lembrou que “a palavra-chave do Forpaz é a
articulação, e que deve buscar esta parceria é o diretor. Compartilhem
os casos, relate aos órgãos competentes. Precisamos deixar o sofrimento e
o passado para trás e nos engajarmos em novas idéias. Pedir ajuda, ter
paciência, e perceber que na mediação de conflitos e na promoção da paz
nada de efetivo se faz sozinho. Estamos em um momento crucial e não
podemos perder esta oportunidade de mobilização”, concluiu Arlete.